Como eu gostaria de a ter conhecido velhinha, enrugada e justa, como só ela!
As flores de que ela gostava e o poema que às vezes lhe lia :
PECADO ORIGINAL
Sim, Mãe! sim, muita vez te vi chorar,
Sem desistir de te fazer sofrer.
Gozava então nem sei que atroz prazer
De te arranhar no peito... e me arranhar.
Mas quis lutar comigo, Mãe! lutar
Contra esse monstro obscuro do meu ser.
Que sonho, Mãe!: ter-me eu em meu poder,
Talhar-me bom, feliz, simples, vulgar...
Mãe! com que força vi que era impotente! ...
Porque de bem mais longe e bem mais fundo
A culpa do meu ser a nós dois veio.
Perdoemos um ao outro, humildemente:
Eu, Mãe! — ter-me o teu seio dado ao mundo;
Tu, — ter-me eu feito vida no teu seio.
José Régio
10 comentários:
Amiga Esperança
Mãe,um bem precioso, o mundo em torno do qual giramos a vida inteira . A minha também gostava muito de rosas e eu enchia-lhe as jarras com frequência. De todas as cores. Conheci-a já velhinha, serena, doce, lindíssima.
Um post perpassado de ternura com um poema lindíssimo de José Régio de que tanto gosto.
As mães perdoam tudo!
Beijinhos grandes
Isabel
Obrigada Amiga pelas tuas palavras também elas de ternura!
Como te disse no teu espaço, o tempo sara as feridas mas não tira as cicatrizes!
bjs
Esperança
Com três letrinhas apenas
se escreve a palavra Mãe
Que é das palavras pequenas
A maior que o mundo tem.
Mãe nunca morre. É eterna.
bjos
Amiga Esperança:
A sua mãe está aqui connosco a ver este seu artigo.
Beijo
Mia
Obrigada.Na simplicidade da quadra, um mundo inteiro de amor.
bjs
Esperança
Papoila
Pode crer Amiga, é a sua presença etérea que me permite falar da minha mãe com saudade e não com tristeza.
Obrigada.
bjs
esperança
Mãe só há uma!
Cumprimentos
Vieira Calado
Obrigada pela visita.
Um abraço
Uma bela homenagem com um bonito poema do grande José Régio!
Um abraço para si.
Jorge P.G.
Jorge
Obrigada pelo seu contributo!
Um abraço
Esperança
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