Eu, quando choro,
não choro eu.
Chora aquilo que nos homens
em todo o tempo sofreu.
As lágrimas são as minhas
mas o choro não é meu.
Amostra sem valor
Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.
Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.
Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.
A foto, captei-a ao fim da tarde. Tem pouca qualidade porque utilizei o telemóvel.
8 comentários:
Tenho de repetir-me, amiga. Mais um post excelente! Ontem estive a ler Gedeâo. Tão verdadeiro!
"Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível."
Bjinhos mil amiga
Boa semana!
QUERIDA AMIGA, MARAVILHOSO TEXTO/POÉTICO... ADOREI LER... EXCELENTE POSTAGEM E A FOTO ESTÁ LINDA... UM ABRAÇO DE CARINHO,
FERNANDINHA
Cata-Vento
Ainda bem que gostaste!
bjinhos
Esperança
Fernandinha
A minha foto foi um momento bem conseguido!
bjs
Esperança
Lindas palavras...
Muitos parabéns pelo teu lindo blog.
Parabéns um abraço de Angra do Heroísmo.
Prémio muito merecido no Pafúncio:
http://opafuncio.blogspot.com/2009/01/prmio-dardos.html
Emanuel Azevedo
Muito obrigada pela visita e pelas simpáticas palavras.
Volte sempre.
Um abraço
Esperança
Obrigada Kaotica pela distinção!
Como não tenho tantos blogs assim para atribuir o prémio, vou partilhá-lo com os que tenho...
Muitíssimo obrigada
Esperança
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