Eterno Conto
Loulé, Julho de 1941 – Fernando Laginha – Poeta Louletano
da minha vida, e , perguntei chorando
porque motivo me andará roubando
as miragens azuis a que me aponto;
e porque fez de mim um velho tonto,
tendo eu vinte anos, que gastei sonhando
por caminhos sem fim, andando…andando
sem nunca ter chegado a qualquer ponto !
- E respondeu-me: – eu não te roubei nada !
Vós é que trilhais mal a própria estrada.
- Há sempre luz e sol onde eu desponto !
Mas – vê lá tu -, desde que o Mundo existe,
a todos tenho ouvido um conto triste
e que afinal, é sempre o mesmo conto.
1 comentário:
Gosto muito deste poema do meu conterrâneo Fernando Laginha homem que cedo descobriu que Aleixo era uma fonte que brotava poesia.Que pena não existirem gravadores na altura. O que não se perdeu !!!
Abraço e parabéns pelo teu Blog de muitas e belas letras. António Clareza
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