quinta-feira, 16 de abril de 2009
Palavras de Abril (1)
Arte Poética
Que o poema tenha carne
Ossos, vísceras, destino,
Que seja pedra e alarme
Ou mãos sujas de destino
Que venha, corpo e amante,
e de amante seja irmão
que seja urgente e instante
como um instante de pão
Só assim será poema
Só assim será razão
Só assim te vale a pena
Passá-lo de mão em mão
Que seja rua ou ternura
Tempestade ou manhã clara
Seja arado e aventura
Fábrica terra e seara
Que traga ruas e vinho
Berços, máquinas, luar,
Que faça um barco de pinho
E deite um barco ao mar.
José Jorge Letria
Imagem: recorte de jornal do meu baú
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8 comentários:
Não deixemos murchar, secar, definitivamente o cravo que Abril abriu. Trinta e cinco anos de democracia!
Que o povo unido jamais seja vencido.
Bjinhos
Bem-hajas, amiga!
Um dos mais belos poemas que já li este mês em que toda a gente anda comemorando o 25 de Abril.
Já agora atrevia-me a fazer um desejo. Que carreguem o barco com todos os que nos desgovernam, antes de o deitar ao mar.
Um abraço e tudo de bom
Isamar
É mesmo essa a mensagem que tinha em mente!
bjinhos
Esperança
Elvira
Também gosto muito deste poema. E subscrevo inteiramente o seu desejo!
bjinhos
Esperança
Não preciso de repetir o que está dito! É isso mesmo!
Obrigada por dizê-lo!
Bjs Alcinda
Alcinda
E eu agradeço-lhe tê-lo lido!
bjs
Esperança
Eu é que agradeço Esperança!
Fico contente que tenha gostado do meu cantinho...
Estou a dar os últimos retoques na reportagem.
Bjnhs*
Filipa
Obrigada pela visita e pelo comentário. Gosto muito da tua presença aqui.
bjinhos
Esperança
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