De entre mais de uma trintena, a que maior expressão tem é o Esperanto.
O seu criador foi Ludovic Lazarus Zamenhof, nascido na Polónia em 1859. Oftalmologista de profissão, era um filólogo reputado, falante de várias línguas naturais e de volapuque (Volapük), língua artificial criada em 1880 por Johann Martin Schleyer, um padre católico alemão.
A intenção de construir uma língua de muito fácil aprendizagem, que servisse como língua franca internacional, para toda a população mundial (e não, como muitos supõem, para substituir todas as línguas existentes), foi concretizada no lançamento do primeiro livro sobre Esperanto, em 26 de Julho de 1887. Escrito em russo, continha as 16 regras gramaticais, a pronúncia, alguns exercícios e um pequeno vocabulário. Intitulava-se Unua Libro, e foi posteriormente publicado em alemão, polaco e francês.
Em linhas gerais, o Esperanto tem como base as línguas românicas e germânicas para o vocabulário e as línguas eslavas para a fonologia. As suas regras fundamentais estabelecem critérios de expansão lógicos e naturais, de modo que a língua se enriquece continuamente, quer através dos usos que se faz dela, quer agregando conteúdos novos, que não existiam na sua fase arcaica (inicial).
O esperanto é utilizado em viagens ( através do Pasporta Servo, rede internacional de hospedagem solidária), correspondência, intercâmbio cultural, convenções, literatura, ensino de línguas, televisão, transmissões de rádio e internet.
Acusado por alguns de não ter uma cultura própria, o Esperanto, com 120 anos de história, formou uma cultura própria. Os Esperantistas falam em esperanto e sobre esperanto, usam termos, gírias, sarcasmos e uma série de expressões idiomáticas próprias. Para além disso apresenta um fundo considerável de músicas e obras literárias originais na língua ( William Auld, por exemplo, já foi indicado para o Prémio Nobel de Literatura pelas suas obras originais em esperanto), uma comunidade de falantes que têm o esperanto como língua materna e uma língua usada em todos os continentes. Mas o essencial da sua cultura é a tolerância e o respeito pelos costumes e crenças dos vários povos.

Frases Célebres
Armeo da cervoj komandata de leono estas pli timinda ol armeo da leonoj komandata de cervo.
Um exército de cervos comandado por um leão é muito mais temível do que um exército de leões comandado por um cervo. (Plutarco)
Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira. (Tolstoi)
Há grandes homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas o verdadeiro grande homem é aquele que faz com que todos se sintam grandes. (Chesterton)
A verdadeira viagem se faz na memória. (Marcel Proust)
Devagar! Quem mais corre, mais tropeça. (Shakespeare)
Poema de Carlos Drumond de Andrade
Jozefo
Kaj nune, Jozef’?
La festo finiĝis,
la lum’ estingiĝis,
popol’ malaperis,
vespero frostiĝis,
kaj nune, Jozef’?
kaj nun, Joakim’?
kaj nune, Rajmundo?
kaj nune, vi mem?
Vi mem, sennomulo,
vi mem, mokemulo,
vi, versofaranto,
amanto, plendanto?
kaj nune, Jozef’?
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Joaquim?
e agora Raimundo?
e agora, você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta,
e agora José?
Fontes: Wikipédia
sites em e sobre esperanto
4 comentários:
"Mas o essencial da sua cultura é a tolerância e o respeito pelos costumes e crenças dos vários povos."
Que o essencial não se perca. É/ foi a tolerância, o respeito e a simpatia que aqui sempre senti. Escriba/ Esperança/ Colega continua na blogosfera a adicionar amizades e que nunca sintamos a subtracção da tua presença. És GRANDE! Um post excelente que termina com um poema do meu querido Drummond de Andrade que, com frequência, me comove e a lagrimita salta.
Mil beijinhos, colega!
Bem hajas!
Isabel
Querida Amiga, as tuas palavras enchem-me de alegria. Lamento não ter postado o poema todo do Drumond de Andrade, mas era um pouco grande e depois o post ficava muito longo. Na próxima vez não irei ficar pela metade.
Sabes, aprendi esperanto há mais de vinte anos, não tenho grande fluência pois pelo meio ficaram anos vazios, mas agora com a internet estou a voltar a reaprender.
bjinhos
Esperança
UM abraço, só.
Amanhã volto cá para ler e comentar como merece este postal.
UM abraço, só.
Amanhã volto cá para ler e comentar como merece este postal.
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