segunda-feira, 25 de junho de 2012

Regresso

Anda aqui este meu espaço num tal rame-rame de ausências e pontuais presenças que hoje decidi vir arrumar a casa e fazer o ponto da situação. 
Este ano, cujo sexto mês está no fim, não começou da melhor forma e vai daí que imperativos sérios empurraram, também, alguma inércia da minha parte para atualizar este cantinho que já viu melhores dias.
Agora que as solicitações profissionais e outras já vão estando mais calmas, quero dar outro esticão às letras do meu (des)contentamento. 
Numa breve atualização dos blogues que já não visito há algum tempo, apercebi-me da dimensão deste "algum tempo": uns já não existem, outros com posts de "adeus até ao meu regresso", uns com posts ainda mais desatualizados que os meus e outros, ainda que abertos, mas de amigos virtuais que da lei da morte se foram libertando. E escusado será dizer a tristeza que me deu neste últimos.
Acredito que esta onda das redes sociais deu uns encontrões fortes na atividade blogueira. No princípio aconteceu comigo. Eu também tenho uma página no facebook. Crei-a para reencontrar amigos perdidos no tempo e para esse propósito ainda a mantenho, mas não faço lá mais nada. Aborrece-me que aquele espaço não seja inteiramente meu, aborrece-me que alguém decida por mim o que pôr na barra lateral, aborrece-me que me agrupem os amigos sem me perguntarem, aborrece-me que me desapareça o mural sempre que navego para outro perfil, aborrece-me a conversa pessoal que só o amigo do amigo percebe, aborrece-me a torrente de solicitações para jogos que já tantas vezes disse que não jogava. Ponto final.
Ainda bem que tenho aqui a minha banca porque continuo a achar que estes espaços que criamos, quais páginas de diários ou de blocos de apontamentos, preenchem-nos mais, dão-nos mais liberdade criativa, motivam-nos para a procura do conhecimento, da simples informação ou da manifestação de desagrado. São nossos, pomos e dispomos à nossa vontade, atualizamos quando queremos e embora não haja comentários, sabemos que somos visitados.  

E como o dia de Sâo João está quase a acabar, despeço-me com uma quadra:

Ó meu rico São João
Este ano já me fintaste
Sai-me roto o ordenado
E o subsídio levaste! 


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