sábado, 31 de julho de 2010

Celebrar a Vida




Que droga foi a que me inoculei?
Ópio de inferno em vez de paraiso?
...Que sortilégio a mim próprio lancei?
Como é que em dor genial eu me eternizo?



Nem ópio nem morfina. O que me ardeu,
Foi álcool mais raro e penetrante:
E só de mim que ando delirante
-Manhã tão forte que me anoiteceu.

imagem: NOITES DE ANTO, De Mário Caudio, Casa da Comédia - 1988
poema: Mário Sá-Carneiro
António Feio (1954-2010)


2 comentários:

Marta Bellini disse...

Lindo! Belo!

o escriba disse...

Obrigada Marta!


Um abraço
Esperança