sexta-feira, 12 de junho de 2009

Olá, cá estou eu...

Estava a ver que não conseguia arranjar um buraquinho e um tempinho para vir ao blog!
Isto, a ausência, quando a gente não está habituada, é difícil! Dez dias arredada desta janela, sem ver passar ninguém, sem poder, ao menos, acenar, aumentou-me o fascínio que esta grande rua me desperta. Falo em ruas, porque estou a escrever com as marchas de Lisboa por fundo e isto traz-me à memória outras festas populares e bailes de rua de quando era menina e moça! Ah! Porto, Porto, quantos martelinhos, quantos bailaricos, quantas piscadelas de olho!...
Bem retornemos a esta janela. Ia eu dizendo que esta ausência foi difícil. Quase me senti uma avestruz, que estes vinte dias foram de muito trabalho. Provas e mais provas. Testes e mais testes. Grelhas, grelhas, grelhas. Mas o pior já lá vai. Agora nesta relativa calmaria, o trabalho já retomou a sua normalidade e a rotina já se vai sentando, de novo, ao meu lado.
Ah! Já me ia esquecendo. No meio de tanta correria, papel e grelhas, ainda arranjámos tempo para mais uma tertúlia gastronómico-literária do “Clube dos Leitores sem Tempo”. Desta vez o tema foi “Poesia, aqui e agora”, antecedido por um repasto dito ligeiro que começou nos pãezinhos indianos recheados, amparados numas coxas de frango mergulhadas em cereais e acabou com umas espetadas de frutas.
Lidas as poesias do gosto de cada um e discutidas as perspectivas dos seus autores, o encontro acabou com um “cadáver-esquisito” de palavras que originou este poema:


Vi os teus olhos durante um pássaro lento que atravessou o céu e desapareceu
Atrás da nuvem branca, o vento ensaia um cinzento sorriso
Sorriso que me embala o espírito
Sorriso que me envolveu e fez caminhar olhando o horizonte sem fim, sonhando e
Vivendo se ama e se morre
Morre, ó vil vontade de desistir, e persiste, vontade de vida plana foi esta tertúlia, que me encheu a alma como há
Muito dei de mim, muito procurei em ti, mas tudo deixei para vós que aqui viestes
Esquecei a dor, a angústia, a solidão mas vive sempre, sorri e lembra-te de mim, hoje
Sem ti nada sou. Hoje faltaste-me. Amanhã é incerto e os pássaros
Continuarão os sentimentos, mas não em vão…

12 comentários:

Jorge P. Guedes disse...

Verifico que foi contemplada com correcção de provas, preparação de grelhas para exames, etc.etc.etc.

Mas pronto, já passou, não é?

Viva o repasto, ainda que o frango me pareça haver sofrido de algum problema de visão...

Um abraço amigo.

o escriba disse...

Olá Jorge

Muito contente fico em o ver por aqui!
Pois é, foi serviço completo...

Os óculos foi mais para ver o tamanho das ditas coxas, que efectivamente eram minúsculas, eheheh.

Um abraço
Esperança

Elvira Carvalho disse...

Passei por aqui. Também não tenho andado muito em visitas, infelizmente não por causa do trabalho.
Deixo um abraço.

lagartinha disse...

Já vi que não fui a única ausente da blogosfera, embora por razões diferentes. Vim matar saudades dos amigos e ando a pôr a "escrita em dia" por isso, um beijinho e até já.

Amar sem sofrer na Adolescência disse...

Adoro os seus textos, sua forma de expressão. É impossível sair daqui de coração vazio.
Abraços.

www.manualdoinseguro.blogspot.com

o escriba disse...

Elvira

Obrigada pela visita!

bjs
Esperança

o escriba disse...

Ana Lagartinha

Que bom tê-la de volta!!!
Ainda bem que o filhote está melhor!

Acho que nestes últimos tempos todos estivemos um pouco ausentes, mas como uma "grande família" estamos todos de volta!


bjinhos
Esperança

o escriba disse...

Stella Tavares

Obrigada pelas simpáticas palavras!

bjs
Esperança

José Lopes disse...

Afinal foi uma ausência bem ocupada e com um repasto a preceito. Nem tudo pode ser mau, valha-nos isso.
Cumps

Mare Liberum disse...

Felicito-te pelo regresso. Uma etapa já lá vai mas outra está a chegar. Também tenho andado ausente por falta de tempo, por não ter tido net durante vários dias, porque a vontade para escrever é escassa.

Bjinhos

Bem-hajas!

o escriba disse...

Guardião

Não, nem tudo foi mau, não senhora!
Nós é que já temos o bichinho das queixas...

Um abraço
Esperança

o escriba disse...

Isamar

Andava a estranhar imenso a tua ausência!
Mas ainda bem que estás de volta.

bjinhos
Esperança